Por Fernando Brito
Um dos promotores da “manifestação democrática” que o
Congresso, “autoritariamente”, impediu que se realizasse junto do plenário é um
personagem, no mínimo, curioso.
Trata-se de Matheus Sathler Garcia, candidato do PSDB a
deputado federal em Brasília nas últimas eleições.
Obvio que nem passou perto de eleger-se, mas ficou conhecido
por, segundo o Correio Braziliense, defender a distribuição de
“cartilhas para ensinar meninos a gostar somente de mulheres”.
Esse é apenas um dos compromissos do político, que chama o
PT de “partido do satanás” e prega o anti-feminismo, com ideais como ensinar
“as mulheres a serem femininas”.
Responde, por isso, a um processo ético na OAB, por ser advogado.
Entre outros fatos por uma “entrevista” no UOL onde diz que ” o kit macho” é para educar o menino
a ser fiel à esposa, não ser violento, ser o líder da casa, não abandonar o
lar, não ser apegado a bebidas e drogas, e, principalmente, a gostar somente de
mulher” e que “o kit fêmea” é para instruir a mulher a ser feminina,
dócil, boa dona de casa, boa mãe, apegada aos filhos e apegada ao marido”.
Sathler chegou a assustar até Reinaldo Azevedo, por ter
escrito: que tinha bons contatos com ele e com Rodrigo Constantino, ambos de
Veja.
Você está lendo aí em cima o que ele postou em seu Facebook
sobre a “grave falha” da democracia.
Talvez isso explique porque, naquela citada entrevista, saem
pérolas do tipo:
“Hitler era nacional-socialista, não era de extrema direita,
isso é mentira, ele tinha acordo com a União Soviética, que depois foi quebrado
por interesses, não por ideologia.”
“Por meio do Programa Nacional de DST/Aids, que é controlado
por militantes gays, (…) eles utilizam dinheiro público para participar de
congressos internacionais onde homens fazem sexo com homens. O governo envia
gente para essas excursões gays sob a justificativa de que são congressos de
combate à Aids, fazendo a farra com o dinheiro público”.
“Proponho também uma privatização cooperativista do SUS
(Sistema Único de Saúde) e do sistema educacional.”
“Também defendo a substituição do Bolsa-Família pelo
Bolsa-Empresário, onde quem recebe o benefício atual poderá trocá-lo por acesso
a microcrédito, cursos de empreendedorismo etc.”
Essa é a turminha “duramente reprimida” que ovacionou Aécio Neves ontem, na entrada do Congresso.
Cuidado, Aécio, até o Reinaldo Azevedo corre deste pessoal.
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