É
indubitável e inquestionável o crescimento e o desenvolvimento das cidades
nordestinas, especialmente as de Pernambuco, ocorridas na última década. Em uma
década avançamos o que não se alcançava há anos, melhoramos a qualidade de vida
das pessoas, o acesso ao consumo, embora ainda com muito a avançar, melhoramos
significativamente na garantia dos nossos direitos constitucionais às políticas
sociais. Tudo isso nos faz refletir o significado da verdadeira “vontade política”
alinhada aos interesses de melhoria da qualidade de vida do povo, sobretudo das
populações marginalizadas. Fica evidente também que a tal “vontade política” de
sucesso é aquela que é voltada ao povo, e não a uma legenda partidária ou grupo
político, pois os investimentos devem chegar a quem dele necessita, é assim que
está em nossa Constituição Republicana, sem condicionar a mais nada que não a
“necessidade”.
Após a Ditadura Militar, políticos
foram eleitos e escreveram parte dessa história republicana, mas nunca na
história desse País se teve um olhar e uma atuação tão à esquerda como na
última década, ainda que essa guinada à esquerda trouxesse enraizada muita
prática neoliberal a qual nos questionamos, afinal, não se governa sozinho, e
isso é a democracia. É então inquestionável que na última década, finalmente, o
Governo Federal escolheu e direcionou seus principais investimentos para o
povo. Foi uma década de efetiva ação nos calos sociais dos que mais precisavam,
dos que há tempos haviam sido esquecidos pelos governantes, sobretudo aos nordestinos
que estavam condenados a receber migalhas para sobreviver, sem que fossem de
fato, investido em políticas públicas para o desenvolvimento econômico e
autonomia desse povo castigado por intempéries de seca. O povo, o povo
nordestino, e o povo pernambucano puderam ter sua dignidade devolvida. As
políticas chegavam e os investimentos também, as melhorias, os índices, tudo
foi aos poucos se encaminhando para o Novo Brasil, enquanto brasileiros fomos
reconhecidos, homenageados e respeitados internacionalmente.
Escolher o “povo” como prioridade
significou investir maciçamente no País, nos locais que mais necessitavam, e
ainda assim, respeitar suas características regionais. Esse desafio e essa
labuta não são e não foram tarefas fáceis, pois é necessário esquecer
particularidades e atuar no todo, e só se consegue atuar no todo quando se
investe sem discriminar regiões, e siglas, tão pouco almejar a títulos; o
objetivo cardeal é melhorar, desenvolver, e garantir direitos constitucionais a
quem necessita, a consequência, inevitavelmente serão traduzidas em
reconhecimento.
Em Pernambuco os investimentos foram
generosos, no entanto, o que observamos foi uma “apropriação” sob a forma de
“autoria” das benfeitorias públicas, assumidas por políticos de determinadas
legendas partidárias, como forma de persuadir o povo a manter a si ou o seu
grupo político em cargos públicos, destacadamente os eletivos. Aqui, deixou-se
de priorizar o povo, o modo esquerdista de fazer política, e assumiu-se
declaradamente uma postura de direita, uma postura típica da burguesia. Sob o
lema “Foi fulano quem fez” associado a promessas falaciosas e agressões aos
antigos aliados, ludibriou-se a consciência do povo, despolitizando-o, e o
resultado não pode ser outro que não o descontentamento da população e o
desaceleramento do crescimento. Agora o que foi feito é atribuído a sigla ou
pessoa “x”, e o que não pode ser feito, todos os problemas e dificuldades para
realiza-lo são consequências e culpa do Governo Federal, sim, daquele mesmo governo
que usei para projetar-me e manter a mim
e ao meu grupo em cargos públicos, apropriando-se de seus investimentos.
É preciso que estejamos atentos as
práticas de nossos políticos que, ao elegerem a manutenção do poder de um grupo
acima do interesse do povo, joga sujo, “cospe no prato que comeu”. É preciso
que estejamos atentos a quem desvia o caminho do progresso do povo, dos que
mais necessitam em nome de manter oligarquias no poder, geralmente oligarquias
familiares que monopolizam o poder, pois o progresso do povo não combina com
oligarquias. Em nosso Pernambuco estamos presenciando exatamente esse movimento
de manutenção do status quo, o caos
está instalado, e os nossos gestores, antes aliados, apropriaram-se de
investimentos federais quando lhes convieram, e culpabilizam, ao seu bel
prazer, esse mesmo governo por suas “ingovernanças”. Ora, ora ilustríssimos,
estão por acaso esquecendo que o povo é seu patrão? Esqueceram para que foram eleitos? E que o
mesmo governo parceiro de primeira hora concebeu a práxis e a praticou sob essa
ideia de que o povo é patrão? Nós queremos trabalho, nós queremos respeito e
transparência, nós queremos honestidade, estamos aqui para lhes lembrar de que
temos memória e que os senhores não fariam nada se não fossem a vontade política
e o investimento maciço do Governo Federal no Nordeste e em Pernambuco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário