sexta-feira, 15 de maio de 2015

Sobre o crescimento de Pernambuco


        É indubitável e inquestionável o crescimento e o desenvolvimento das cidades nordestinas, especialmente as de Pernambuco, ocorridas na última década. Em uma década avançamos o que não se alcançava há anos, melhoramos a qualidade de vida das pessoas, o acesso ao consumo, embora ainda com muito a avançar, melhoramos significativamente na garantia dos nossos direitos constitucionais às políticas sociais. Tudo isso nos faz refletir o significado da verdadeira “vontade política” alinhada aos interesses de melhoria da qualidade de vida do povo, sobretudo das populações marginalizadas. Fica evidente também que a tal “vontade política” de sucesso é aquela que é voltada ao povo, e não a uma legenda partidária ou grupo político, pois os investimentos devem chegar a quem dele necessita, é assim que está em nossa Constituição Republicana, sem condicionar a mais nada que não a “necessidade”.

            Após a Ditadura Militar, políticos foram eleitos e escreveram parte dessa história republicana, mas nunca na história desse País se teve um olhar e uma atuação tão à esquerda como na última década, ainda que essa guinada à esquerda trouxesse enraizada muita prática neoliberal a qual nos questionamos, afinal, não se governa sozinho, e isso é a democracia. É então inquestionável que na última década, finalmente, o Governo Federal escolheu e direcionou seus principais investimentos para o povo. Foi uma década de efetiva ação nos calos sociais dos que mais precisavam, dos que há tempos haviam sido esquecidos pelos governantes, sobretudo aos nordestinos que estavam condenados a receber migalhas para sobreviver, sem que fossem de fato, investido em políticas públicas para o desenvolvimento econômico e autonomia desse povo castigado por intempéries de seca. O povo, o povo nordestino, e o povo pernambucano puderam ter sua dignidade devolvida. As políticas chegavam e os investimentos também, as melhorias, os índices, tudo foi aos poucos se encaminhando para o Novo Brasil, enquanto brasileiros fomos reconhecidos, homenageados e respeitados internacionalmente.

            Escolher o “povo” como prioridade significou investir maciçamente no País, nos locais que mais necessitavam, e ainda assim, respeitar suas características regionais. Esse desafio e essa labuta não são e não foram tarefas fáceis, pois é necessário esquecer particularidades e atuar no todo, e só se consegue atuar no todo quando se investe sem discriminar regiões, e siglas, tão pouco almejar a títulos; o objetivo cardeal é melhorar, desenvolver, e garantir direitos constitucionais a quem necessita, a consequência, inevitavelmente serão traduzidas em reconhecimento.


            Em Pernambuco os investimentos foram generosos, no entanto, o que observamos foi uma “apropriação” sob a forma de “autoria” das benfeitorias públicas, assumidas por políticos de determinadas legendas partidárias, como forma de persuadir o povo a manter a si ou o seu grupo político em cargos públicos, destacadamente os eletivos. Aqui, deixou-se de priorizar o povo, o modo esquerdista de fazer política, e assumiu-se declaradamente uma postura de direita, uma postura típica da burguesia. Sob o lema “Foi fulano quem fez” associado a promessas falaciosas e agressões aos antigos aliados, ludibriou-se a consciência do povo, despolitizando-o, e o resultado não pode ser outro que não o descontentamento da população e o desaceleramento do crescimento. Agora o que foi feito é atribuído a sigla ou pessoa “x”, e o que não pode ser feito, todos os problemas e dificuldades para realiza-lo são consequências e culpa do Governo Federal, sim, daquele mesmo governo que usei para  projetar-me e manter a mim e ao meu grupo em cargos públicos, apropriando-se de seus investimentos.

            É preciso que estejamos atentos as práticas de nossos políticos que, ao elegerem a manutenção do poder de um grupo acima do interesse do povo, joga sujo, “cospe no prato que comeu”. É preciso que estejamos atentos a quem desvia o caminho do progresso do povo, dos que mais necessitam em nome de manter oligarquias no poder, geralmente oligarquias familiares que monopolizam o poder, pois o progresso do povo não combina com oligarquias. Em nosso Pernambuco estamos presenciando exatamente esse movimento de manutenção do status quo, o caos está instalado, e os nossos gestores, antes aliados, apropriaram-se de investimentos federais quando lhes convieram, e culpabilizam, ao seu bel prazer, esse mesmo governo por suas “ingovernanças”. Ora, ora ilustríssimos, estão por acaso esquecendo que o povo é seu patrão?  Esqueceram para que foram eleitos? E que o mesmo governo parceiro de primeira hora concebeu a práxis e a praticou sob essa ideia de que o povo é patrão? Nós queremos trabalho, nós queremos respeito e transparência, nós queremos honestidade, estamos aqui para lhes lembrar de que temos memória e que os senhores não fariam nada se não fossem a vontade política e o investimento maciço do Governo Federal no Nordeste e em Pernambuco.

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