Senadora Kátia Abreu, integrante da bancada ruralista no Congresso Nacional. Foto: Antonio Cruz/ABr |
Senadora teria usado a Confederação Nacional de Agricultura
e Pecuária para promover doação ilícita de R$ 200 mil para a campanha de
seu filho Irajá Abreu (PSD) em 2010
A ministra do Tribunal Superior Eleitoral Luciana Lóssio
despachou nesta terça-feira (2) para julgamento na Corte o processo que envolve
Kátia Abreu (PMDB - TO) e seu filho Irajá Abreu (PSD - TO) em um esquema de
doações ilícitas em 2010.
“É certo que houve abuso de poder econômico praticado por
Irajá Silvestre Filho – beneficiário da arrecadação ilícita de recursos – e
Kátia Regina Abreu – que concorreu diretamente, conforme evidenciam as provas
dos autos, para a arrecadação em desconformidade com a legislação eleitoral”,
afirma a Procuradoria Geral Eleitoral.
Em 2010, já com Kátia na presidência, a Confederação
Nacional da Agricultura e Pecuária enviou 600 mil boletos de cobrança sem
registros no valor de R$ 100 para produtores rurais em todo o Brasil, pedindo
que fossem pagos como doações a campanhas eleitorais. E menos de uma semana,
mais de R$ 700 mil foram arrecadados.
O PGE também garante haver provas de que houve utilização de
recursos em campanhas eleitorais por meio de doações provenientes do DEM, partido
da senadora à época e chamou Kátia de “mentora intelectual e autora direta do
envio dos boletos”.
Se forem considerados culpados pela Corte do TSE, ambos
terão seus mandatos cassados. A senadora cederia a vaga para Eduardo Gomes
(SD), que ficou em segundo lugar no pleito esse ano.
Brasil de Fato
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