Entre 2002 e 2013, extrema pobreza foi reduzida de 12,6%
para 1,7%; População negra se destaca em programas inclusivos como Pronatec e
MEI
Nos últimos 11 anos, o percentual da população negra de
baixa renda caiu 86%, levando-se em conta critérios como baixa escolaridade e
acesso restrito a serviços e bens. Os dados constam de uma pesquisa do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), feita com base em
uma metodologia adotada pelo Banco Mundial. O resultado foi apresentado pela
ministra Tereza Campello na terça-feira (26), durante reunião do Conselho
Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
“Ainda há muito trabalho pela frente, mas já temos um País
menos desigual”, observou Tereza Campello. O levantamento considera várias
dimensões da pobreza além da renda e mostra que, no período em que a população
negra cresceu no País, a queda da pobreza crônica foi mais acentuada entre
negros do que entre brancos.
Entre 2002 e 2013, a pobreza crônica entre negros diminuiu
de 12,6% para 1,7% da população. O número representa 1,8 milhão de pessoas, de
acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do
IBGE, divulgada no ano passado. Entre a população negra rural, a queda também
foi expressiva: de 28,6% para 4,9%.
Segundo o MDS, 75% dos beneficiários do Bolsa Família, cerca
de 10,3 milhões, são negros. Nos últimos quatro anos, 4,3 milhões de famílias
chefiadas por negros acessaram programas inclusão produtiva do Brasil Sem
Miséria, tanto em áreas urbanas como rurais.
O aumento da formalização é outro resultado detectado pela
pesquisa do ministério. Dos 525 mil microempreendedores individuais no Brasil
(MEI) que são cadastrados pelo Bolsa Família, 63%, ou 332 mil, são negros.
Também chama a atenção o número de famílias de negros que recebem assistência
técnica pelo Programa de Fomento às Atividades produtivas Rurais: 45%, cerca
166,3 mil famílias.
Por fim, o maior acesso dos negros a políticas públicas do
governo federal também se reflete no setor de habitação. De acordo com o
levantamento do ministério, 68% das unidades habitacionais do Minha Casa Minha
Vida, cerca de 497,3 mil, foram entregues a famílias chefiadas por negros,
entre 2011 e 2014. Do mesmo modo, 64% das crianças beneficiárias do Bolsa
Família e que frequentam creches são de famílias de negros.
Fonte: Portal Brasil e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Excelente noticia!
ResponderExcluirExcelente noticia!
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